De uns anos para cá, tenho percebido em meu consultório a presença de algumas mulheres com idade entre 30 e 45 anos, que trazem a mesma queixa… “Onde estão os homens para se ter um relacionamento sério?”
O foco dos jovens mudou muito dos anos 80 para cá. Antes era dada grande importância à constituição de família logo cedo, com casamentos que iniciavam na adolescência. Hoje o foco é no crescimento profissional e estabilidade financeira para aí sim, pensar em constituir uma família.
Isso tem sido muito válido para os homens, que investem em estudos, especializações, mestrados, concursos e ao mesmo tempo não deixam de lado as saídas e diversões com as mulheres, porém, nada que se refira a namoro sério. Lá pelos 38, 40 anos estes “se cansam” da vida badalada e procuram uma mulher para relacionamento sério e constituição de família.
As mulheres também seguem a linha da busca pelo crescimento profissional, mas quando estão por volta dos 30 anos começam com a preocupação em ter um namorado sério, pois muitas querem casar, engravidar e ficam com receio das consequências de uma gravidez tardia.
Algumas argumentam sorrindo que “metade dos homens são homossexuais e os outros estão casados”, outras dizem: “estou muito bem sozinha, não preciso de homem para ser feliz”, mas no fundo demonstram em terapia que sofrem pela falta de um companheiro para partilhar de seus sucessos, conquistas e constituir uma família.
Com o avanço da tecnologia e da globalização, existem muitas formas de se ter filhos, seja por fertilização in vitro, inseminação artificial, adoção e outros, mas elas fazem questão do homem na relação com todos os seus papéis de pai, marido, companheiro, amigo e etc.
Desta forma, vemos que mesmo no pós-moderno ainda existem mulheres que buscam relacionamentos pautados pelo lado romântico, heterossexual e tradicional dos anos 80.
Fabiana Cassimiro Santos Lobo
Psicóloga – Especialista em Análise do Comportamento
Persona Clínica de Desenvolvimento Humano